18 A segunda-feira chegara depressa demais. Assim pensava a Catarina enquanto se dirigia para a escola, indiferente ao programa que a mãe sintonizava. Apoiava a cabeça na mão direita enquanto explorava com a outra o funcionamento do telemóvel que o tio José lhe oferecera no sábado anterior. - O tio José teve um gesto admirável. É um bom homem sempre disponível para ajudar. Terei de o compensar no Natal. O que é que lhe podemos oferecer, Catarina? - Concordo contigo. Primeiro, foi o computador, agora, o telemóvel. É evidente que não os utilizava, mas podia querer algo em troca, podia vendê-los! - Isso é verdade, está sempre na linha da frente em matéria de novas tecnologias… Será que ele gosta daquela compota de pera com amêndoas que eu fiz? O teu pai devora-a. Se o tio José sair ao irmão, vai adorar. Acho que lhe vou preparar uns frasquinhos! - Acho que ele vai adorar! Naquele momento, o telemóvel da mãe da Catarina tremeu para anunciar a chegada de uma mensagem