- Posso entrar, Tri? - Hepta, meu amigo, claro, entra! O Hepta estava muito cansado. Já não tinha idade para aquela escadaria. Podia descer de elevador, mas detestava ficar fechado naquele cubículo. Era como andar a mando das teclas de uma máquina que o colocava alinhado ao lado dos vizinhos números para fazer deles o que queria, tirava, punha, dividia, nunca sabia o que lhe iria acontecer, dentro daquelas invenções malucas. Portanto, preferia as escadas, uma por uma, agarrado ao corrimão. - Senta-te um pouco, descansa – aconselhou o Tri. - A cada dia que passa, parece que vivo mais afastado de ti. - Não digas isso, as escadas que nos unem continuam as mesmas. - Olha, amigo, já nem sei quantas são! - Ainda me lembro do tempo em que as avançavas de um salto só… - Que saudades, Tri, lembro-me muito bem! Ne