A Clara correu para a trotineta mal saiu do carro e depressa percorreu o espaço livre debaixo do alpendre. O Mateus sentou-se no skate e tentou apanhá-la. Como não conseguiu, logo protestou porque as rodas eram mais pequenas. E, portanto, era uma injustiça! A Teresa também queria a trotineta e por isso agarrou-a a dizer que era a sua vez! A Clara começou a chorar porque era uma injustiça! A Teresa também porque afinal não conseguia equilibrar-se sozinha. Os pais abriram a porta de casa e entraram. A Clara, o Mateus e a Teresa permaneciam amuados. - Gostaste de participar no espetáculo de dança? – tentou o Mateus. - Não quero falar contigo, tu disseste que eu era batoteira – respondeu a Clara sem olhar para o irmão, enquanto cruzava os braços. - Eu fui vestido de vermelho… Viste quando eu imitei um polícia? A Clara não queria ceder. Fingia que não o ouvia. - A minha roupa era especial… tinha umas meias vermelhas rotas na perna – continuou o Mateus, enquanto solta