Mal se abriu a porta que dá para o alpendre, o Mateus deu um grito de espanto. Saltou de medo e de alegria. Alegria por ver um animal ali tão perto, medo porque o primeiro contacto é sempre incerto e não sabia bem o que esperar daquele felino que lhe parecia simpático. - Está ali um gato! Preeeeto! E apontava para que ninguém tivesse dúvidas. Nesse momento, já a Clara e a Teresa corriam para o gato preto que se esticava em cima da mesa pouco incomodado com a barafunda que se tinha criado. Que pena! Era necessário ir para a escola! - Logo à tarde, podemos brincar com o gatinho? – perguntou a Clara logo que o carro iniciou a marcha. - Não sei se ainda estará cá. Talvez esteja apenas de passagem – respondeu a mãe. - Se ele ficar por ali, temos de o levar ao veterinário – exigiu a Inês. - Sim – apoiou o pai. – Não sabemos em que condições se encontra. - Podíamos ter deixado alguma coisa para ele comer – entristeceu-se a Clara. - Não te preocupes, estes gatos conseguem