- Pai, por favor! Eu preciso de tempo! Devagar se vai ao longe… não é o que costumas dizer?! - Vírgula, mas chegas tarde! Há muito que o pai conservava esta exclamação em ponto de disparo. Crescera com ela acomodada na zona mais acessível da memória, sempre pronta como qualquer carimbo quadrado e precipitado. - Vírgula, mas chegas tarde! – repetiu, perante o espanto do filho. O rapaz conviveu com as palavras alguns segundos, enquanto lançava no quadriculado mais uma das incógnitas reduzida a xis. - Espero que não me voltes a contar a história da lebre e da tartaruga… - gracejou. - Nem todas as lebres adormecem na viagem! – reagiu o adulto prontamente. O rapaz introverteu-se e alinhou mais alguns números, perseguindo rigorosamente o resultado final, e não respondeu ao pai que, segundos depois, desmantelou a sapiente muralha e afastou-se. Pensou depois que nunca lhe tinham dito que participava numa corrida, muito menos que havia tempo limite para percor