Olhou-os a todos como as pétalas que gentilmente abraçam o Sol. Só no silêncio acontece um abraço assim! - Hoje vamos ler? - Sim. A resposta satisfez a pergunta, mas vinha carregada de inquietação que logo transbordou: - Estás bem? Os olhos encontraram-se, no momento em que a pergunta descia da curva lá no alto, e a rapariga acenou afirmativamente, deixando fugir um ligeiríssimo sorriso. Sentia-se mais confortável: as interrogativas palavras eram como uma mantinha quente e macia onde nos encolhemos para ouvir a nossa história preferida. Sim, podia ser, a chuva e o frio sintonizam a escuta! Daí a pouco, a narrativa escolhida e partilhada brotou do fundo dos ecrãs, O caminho para a verdade, e o seu fresco aroma invadiu a memória daqueles adolescentes que se mediam com a grandeza daquelas palavras e com a estranheza dos atos contados. Paulatinamente, foram surgindo as palavras por onde emergiam os pensamentos até então agarrados à história do Matias e do Ricardo. O prime