Dispunha os materiais necessários na mesa e abria as diversas plataformas que o acompanhariam na aula que iniciava. Um tempo aparentemente desligado, que permitia aos alunos os últimos argumentos, as últimas palavras ainda agarradas ao intervalo, mais ou menos sussurradas, mais ou menos refiladas e essas é que eram boas, pareciam portas entreabertas por onde era necessário entrar. Percorrer o território deles para que depois viessem visitar o dele. - Aguardemos pela legislação que estabelecerá as normas. Por agora são ainda propostas em discussão – intrometeu-se, procurando chamar a si a discussão. - Mas concorda com a obrigação de fazer exames no final do ensino secundário? – quis saber um deles. - Não acha muito quatro exames? – protestou outro. Por princípio, não rejeitava aquela avaliação. Seria mesmo um momento importante no seu percurso escolar. Porque não? - Tenho dúvidas nos exercícios que indicou. Era aquela uma oportunidade imperdível para reorientar o trabalho.