- Antonomásia, não faças isso! A Sinédoque estava escandalizada com o comportamento da irmã mais nova. Chamou a Metonímia que estava escondida no fundo da página onde os dedos se juntam para virá-la: - Vem comigo, a Antonomásia está descontrolada, tem o campo semântico muito próximo do mais baixo nível, pertinho do mau gosto. O Mateus continuava a fixar a página, uma imagem parada que escondia o rebuliço que começava para lá do seu olhar. Encontraram-na evidente na segunda linha. - Para – pediu novamente a Sinédoque. Sabes que o rapaz fica angustiado e anda sempre por aí cabisbaixo. - Não percebo a vossa preocupação. Ele é pequenote! E eu apenas disse que o pequenote chegou a casa... Ah!... Percebi! Preferias que o tratasse de forma grandiosa e distinta, grandiloquente: o sábio grego , o pequeno sábio, o sábio pequenote chegou a casa! - brincou a Antonomásia, dramatizando. - Mãe, sabes quem é o sábio grego , certo? - perguntou o Mateus, abandonando