O Sapo Toquinhas acordou cedo naquele dia. Vivia ainda debaixo do velho rododendro que erguia bem alto alguns dos seus ramos. As folhas passavam o dia a tagarelar com as vizinhas que um pouco mais acima e um pouco mais abaixo viviam. - Ai, vizinha, o nosso inquilino tem saído pouco ultimamente! - dizia uma. - Quando chegar o tempo seco, verás que sairá mais vezes em busca de água e de alimento. Por enquanto, prefere o conforto da toca onde descansa sobre as nossas irmãs já secas – respondeu outra. - Reparem, parece que acordou e se prepara para sair – anunciou repentinamente uma das que espreitava junto à entrada da toca. O Sapo Toquinhas esticou à vez cada uma das patinhas, preparando-se para os longos saltos que o levariam a casa da Musculosa. De seguida, observou cuidadosamente a calçada - ultimamente, eram muitos os gatos que passeavam por ali. Por vezes, até adormeciam deitados ao Sol, junto à parede do anexo. Um Perigo! Depois, com uma das patinhas tocou suavemente um